Falando de Games #03: Fatality!

Imagina o Fatality desse gato,
amiguinhos gamers... ou melhor, deixa pra lá! kkkk... Vamos falar de quem dá Fatality
de verdade, no mês de lançamento do aguardadíssimo Mortal Kombat X, bora falar da origem desse Combate Mortal ao som
da música do filme inspirado no game, porque não dá pra falar em Mortal Kombat
sem lembrar-se dela!
MOR-TAL KOM- BA-
TE!!!!
Roud
One:
Figth!
Mortal
Kombat tinha tudo para dar errado! Sim amiguinhos, tudo!
Acredite se quiser, mas inicialmente o jogo deveria ser um game baseado no
filme “O Grande Dragão Branco” com Jean
Claude Van Damme, inclusive com o próprio entre os lutadores. Como sabemos,
games baseados em filmes costumam ser
uma grande porcaria... Por sorte a Midway
Games, produtora de games como Pac-Man, não conseguiu chegar a um acordo
com Van Damme, porém como o jogo já
estava em produção, decidiram prosseguir com o projeto, Van Damme foi substituído por outro ator, virou Johnny Cage e voilá, o Kombat estava lançado! Não se sabe se, apesar de ser baseado no filme, o game manteria a mesma mecânica, mas...
Van Damme e Bruce Lee?
Com a benção de deixar de ser um game de
filme, o novo projeto precisava de um nome e entre Kumite (do japonês “Encontro de Mãos” e que significa algo como “O
combate”), Dragon Attack (“Ataque do
Dragão” em tradução literal), Death Blow
(“Golpe Mortal”) e até Fatality (“Fatalidade”)
optaram, muito sabiamente (ufa!) por Mortal
Kombat! Ainda bem que não inventaram de traduzir o nome no Brasil e o “Combate
Mortal” permaneceu com o nome original! O uso do “K” ao invés do “C” na palavra
Kombat é intencional, a ideia é
reforçar o poder do combate dando mais entonação a palavra. Mortal Kombat X inclusive, será lançado no Brasil 99% em português, não será 100% porque foram misericordiosos em não traduzir os termos famosos como "Finish Him" e "Fatality"!
Alegrando o Fliperama!
Roud Two:
Figth!
Mortal
Kombat não é apenas um game
violento, mas também de números e situações inacreditáveis! Além da mudança no
projeto com a saída do Van Damme, ele
foi feito com uma equipe mínima, apenas 4 pessoas e foi um dos pioneiros no uso
de imagens realísticas digitalizadas numa época em que os desenhos de Street Figther faziam muito sucesso. Feito
em apenas 10 meses, foi lançado em 1992 para Arcade e depois adaptados para consoles. Os pais de MK
atendem pelos nomes de Ed Boon (Co-designer e Programador), John Tobias (Co-designer e Diretor de Arte), John
Vogel (cenários e efeitos especiais) e Dan
Forden (som e música). É também Dan que aparece em alguns momentos de Mortal Kombat II falando o famoso “Toasty” que significa “Frito”, e era uma
piada da equipe. Enquanto jogavam um game de futebol americano que estavam desenvolvendo,
Dan desafiou Boon com um desafinado “You
are Toasty” (Você está frito!) e foi tão engraçado que Boon acatou a sugestão de uma pessoa do estúdio e inseriu o próprio
Dan falando o Toasty em MK2!
"Toasty"
Roud
Three:
Figth!
O diferencial de Mortal Kombat e o que garantiu seu sucesso foi não se limitar
apenas as lutas em si, mas usar uma história complexa, violência, realismo,
rumores, easter eggs (segredos escondidos) e piadas, como o Toasty, os Babalities e os Friendships
que surgiram nos demais jogos da série. Mas com certeza o que faz mais sucesso
são os Fatalitys, finalizações
violentas que requerem sequências de botões e movimentos para
serem executados! Assim, não havia apenas o desafio de ganhar, mas de conseguir
acertar as sequências para assistir as diferentes animações e terminar os
combates em grande estilo. Cabeças arrancadas, algumas inclusive com a espinha dorsal,
coração arrancado, beijos que explodem o adversário e muito, muito sangue!
Fatality!
Entre os easter
eggs mais famosos, os que liberavam personagens secretos eram os que mais fascinavam
os jogadores e os que alimentavam mais rumores! No primeiro MK era o Reptile, uma fusão entre Scopion
e Sub-zero que resultou em um ninja
venenoso! Ermac foi outro, que na
verdade era um erro do sistema, abreviação de “Error Macro” que aparecia nos rankings como um contador de erros,
mas os rumores o transformou em um personagem secreto e causou tanto frisson, que
acabou sendo introduzido de verdade em Mortal
Kombat 3!

Ermac: Cansei de ser erro, virei personagem!
A história de Mortal Kombat é tão complexa, que conta-la em detalhes daria um Falando de Games só pra isso! De forma
resumida, a série se passa em um universo fictício formado por seis realidades
paralelas criadas pelos Deuses Ancestrais. Feiticeiros e Deuses misturam-se
convocando lutadores de cada realidade em busca de liberdade, resgate, invasão,
domínio e etc, (Varia de acordo com cada game)
assim se justifica a mistura de mortais, monstros e criaturas nos jogos. Quem quiser saber mais, algumas informações podem ser lidas aqui.
Finish
Him!
Mas não podemos falar de Mortal Kombat sem citar as polêmicas! Quando saiu dos Arcades e migrou para a casa das pessoas, pais preocupados encheram a Midway, a Sega e a Nintendo de
cartas e telefonemas. Com isso, MK também foi umas pioneiras em ser alvo de
censura. O sangue foi pintado de cinza para parecer suor e alguns Fatalitys sumiram. No Mega Drive era possível usar o famoso
código “ABACABB” que tirava a censura e liberava o game em sua forma original,
mas no Super Nintendo isso não era possível, o que frustrou muitos jogadores, visto que a definição do game no Super era melhor.
Censura!
Apesar disso, MK foi um sucesso de vendas e
dizem que a possibilidade de liberar a censura no Mega Drive ainda ajudou o console da Sega a se sobressair na guerra de plataformas que estava só
começando!
Fatality!
Com o sucesso e a polêmica, um novo MK era obrigação e ele veio, com mais personagens, mais Fatalitys e a
adição dos já citados Babalities e Friendships e o fim da censura da Nintendo e da
Sega no Mortal Kombat II. E não parou por aí, MK gerou filmes, mais games, inclusive para
praticamente todas as plataformas, desenhos e série. Alguns amados, outros
odiados, alguns esquecidos. A nova geração de consoles ganha esse mês Mortal Kombat X! Hoje
os direitos da série pertencem a Warner Bros Interactive Entertainment (a
Midway faliu) e o desenvolvimento do décimo título principal da franquia ficou
a cargo da NetherRealm Studios, responsável pelo título Injustice: Gods Among
Us que foi bem avaliado pela crítica (nota 80 para a versão Ultimate do PS4 no
Metacritic),
e foi dirigido por Ed Boon (lembra dele né? Um dos criadores), o que traz esperanças de um ótimo game!
Friendship!
Muito bem amigos Sphericos, eu não sou muito
craque em games de luta, mas sempre gostei mais de MK do que dos outros do gênero
justamente por conta desse clima mais sombrio! Assim que vocês colocarem as
mãos em Mortal Kombat X voltem aqui e contem para nós o que acharam do novo game, ok?
Curtam, comentem e participem, tanto da coluna quanto do GameSphera e até a
próxima!
Friendship
para vocês!
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